Sucesso é pessoal : é a consecução seja do que for que você queira conseguir. Uma vez apurado aquilo que nós dá, de fato, satisfação pessoal, devemos usá-lo como ponto central para a determinação do significado exato do sucesso. Não há motivo por que a minha definição de sucesso deva ou não concordar com a de seus vizinhos. Não há nada mau querermos dinheiro, fama, posição social ou qualquer um dos demais conceitos populares de sucesso, contanto que tenhamos estabelecido que a consecução dessas coisas nos traria legítima sensação de prazer social. Talvez você se lembre da história do rei e do sábio. O rei indignava-se contra o velho sábio, porque o povo o respeitava e sempre lhe pedia conselho. E muitas foram as noites em que o rei se sentava, procurando pensar em algum meio de desacreditar o sábio, embaraçando-o diante do povo. O rei descobriu, então, um plano. Certo dia, convocou toda a corte e mandou chamar o sábio. Assim que o velho chegou, falou-lhe: – O sábio de todos os homens! Tenho oculto entre as mãos, o mais pequenino dos pássaros. Dizer-me: está vivo ou morto? Ordeno-vos responder-me. O sábio, porém descobriu o ardil. Percebeu, se dissesse “vivo”, o rei, com rápido aperto de mãos, poria termo à vida do pássaro; se dissesse “morto”, o rei abriria simplesmente as mãos e soltaria o pássaro. Ambas as respostas o deixariam desacreditado. Por conseguinte, o velho pensou por um momento. E o rei, ficando impaciente, indagou outra vez: – Bem, está vivo ou morto? E o sábio respondeu-lhe, então, lentamente: – Como vós o desejardes, Majestade. Como o desejardes.
Uma Moral Simples
A moral dessa história, conforme se aplica ao nosso estudo, é simples. O que é sucesso? É aquilo que você desejar. Seja o que for que você queira que o sucesso seja, isso é o que ele é. As pessoas que nunca determinam o verdadeiro significado do vocabulário “sucesso” deixam-se ficar expostas a um malogro quase certo. Não por causa de qualquer falta de talento, mas porque, invariavelmente, se agarram à noção popular de sucesso, tão – somente para descobrir, depois que o tiveram alcançado, que ele não é aquilo que desejavam, e fato, antes de mais nada. Todos os estalões populares poderiam visar ao sucesso e, ainda assim, tais pessoas, bem no íntimo, só conhecem o malogro, pois não conseguiram aquilo que queriam realmente. Um filosofo certa vez escreveu: “Se um homem tem talento e não sabe emprega-lo, já fracassou. Se tem talento e serve-se apenas metade dele já fracassou em parte. E, se tem talento e aprende, de algum modo, a utilizá-lo todo, já é gloriosamente bem sucedido, alcançando satisfação e triunfo que poucos homens conhecem.”
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