Saiba como Fazer um Financiamento para Compra de Terreno e Construção.
Nos dias de Hoje Fazer um Financiamento Imobiliário não é uma Tarefa Complicada, mas sem o Devido Acompanhamento pode se Tornar uma Grande dor de Cabeça. Para ajudar, preparamos este artigo com as etapas para você financiar a compra do terreno e a construção de sua casa. Você entenderá de forma simples e rápida como deve proceder para não ter problemas na hora de realizar seu sonho.
O que é o Financiamento de Terreno e Construção
Nessa linha de financiamento, a Caixa ajuda você e sua família a comprar seu terreno e construir a sua moradia e o seu FGTS pode fazer parte do pagamento da entrada. O financiamento é feito pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e tem como garantia a alienação fiduciária.
Como é Feito o Processo
1) Definição de Capacidade de Financiamento:
Qual a sua real capacidade de financiamento?
Essa informação é fundamental no processo, e é obtida através de uma simples simulação junto à imobiliária. Onde você deve responder um questionário para gerar o valor máximo de crédito possível para a aquisição do imóvel.
As informações devem estar corretas, pois determinarão o seu potencial financeiro para se comprometer com o crédito imobiliário.
A simulação, como o próprio nome diz, fornece uma prévia dos possíveis valores que a CAIXA poderá liberar, mas para termos certeza do valor a ser liberado é necessário separar os documentos pessoais e os comprovantes e solicitar uma aprovação de crédito.
Abaixo, listamos os critérios para a obtenção de financiamento imobiliário junto a CAIXA:
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Para facilitar , solicite primeiro uma simulação, iremos analisaremos quais as melhores opções de financiamento de acordo com o seu perfil, assim você poderá começar a planejar quanto gastar no terreno e na construção da casa.
2) Encontre o Terreno de Acordo com sua Necessidade:
Com a ajuda de um corretor de imóveis habilitado, deve se dar início ao processo de busca de um terreno, dentro dos critérios estabelecidos previamente pelo seu perfil (limite de valor, localização, topografia, posição solar, vizinhos, entre outros).
Neste momento é importantíssimo a figura do corretor, que deverá fazer o acompanhamento de todo o processo, até a assinatura do contrato junto ao banco. E para não haver contratempos, pesquise sobre esse profissional para obter boas referências.
Como é de praxe a compra de terrenos serem realizadas com pagamento à vista e a transmissão da propriedade para o comprador ser realizada pelo valor venal, que geralmente é mais baixo que o valor de mercado, muitos proprietários não aceitam vender seus imóveis nesta modalidade, pois além de terem que esperar entre 90 a 180 dias em média para receber, ainda devem declarar o valor cheio da venda, podendo implicar em recolher o imposto de ganho de capital (15% entre a diferença do valor de compra e venda do imóvel).
Um dica para tornar o negócio mais atrativo para o proprietário do imóvel e o mesmo aceitar vender financiado, aguardando o tempo necessário, é estabelecer um prazo para assinar a escritura junto ao banco, caso o financiamento não seja liberado dentro deste prazo, o valor do imóvel passa a ser corrigido mensalmente pelo índice do mês anterior da poupança, por exemplo, para um terreno no valor de R$110.000,00, se considerarmos 0,5%, a correção seria em torno de R$550,00.
Outro ponto a observar neste momento é se o terreno foi negociado pelo atual proprietário a menos de 1 ano, neste caso o banco analisará o antigo proprietário também.
3) Elaboração do Projeto Arquitetônico, Cronograma Físico-Financeiro da obra e Memorial Descritivo:
Após encontrar o terreno e formalizar o contrato de compra e venda, deve-se providenciar o quanto antes junto a um arquiteto ou engenheiro, a elaboração e aprovação do projeto arquitetônico da futura casa junto a Prefeitura.
Com o projeto arquitetônico definido, deverá ser providenciado o cronograma físico-financeiro da obra e o memorial descritivo, onde será descrito o tempo de execução da obra, com o detalhamento dos serviços que serão executados e o percentual de conclusão à cada mês, assim como o detalhamento de todos os materiais que serão empregados na construção.
É importante planejar quais materiais serão utilizados na obra, para evitar trocas ou substituições durante a execução, pois se o engenheiro do banco constatar alguma diferença nos materiais poderá desenquadrar o imóvel da taxa de juros aprovada ou travar o processo solicitando mais documentos que justifiquem a alteração.
4) Avaliação do Terreno, análise jurídica e assinatura da escritura junto ao Banco:
Depois de aprovar o projeto, elaborar o cronograma físico-financeiro e o memorial descritivo, é montado o dossiê com o pedido de financiamento, o banco irá enviar um engenheiro para averiguar se o terreno atende todos os requisitos para liberação do financiamento e se ele pode ser usado como garantia pela Caixa.
Com aprovação do terreno pela engenharia, todos documentos seguem para a análise jurídica do banco, com tudo certo ele libera o contrato de financiamento, que por lei, tem força de escritura para ser assinado.
5) Construção:
Após concluir a documentação, o financiamento aprovado e o contrato assinado, você deve decidir se contratará uma empresa que será responsável pela construção e fará toda obra, inclusive fornecendo o material, ou se você mesmo administrará a contratação de mão de obra e compra dos materiais.
A Caixa Econômica Federal trabalha com o sistema de reembolso, isto significa que você precisará dispor de recursos próprios para pagar a primeira etapa da obra e ser ressarcido pelo banco após o engenheiro constatar que tudo foi cumprido de acordo com o cronograma físico-financeiro.
Se você não dispor de todos os recursos necessários para a realização da primeira etapa, uma sugestão é comprar os matérias a prazo, no cartão de crédito por exemplo, e assim que o banco liberar a primeira parcela, efetuar a quitação.
O engenheiro irá à obra mensalmente, ele verifica o cumprimento do cronograma. Se ele disser que a primeira etapa está cumprida, a Caixa depositará a primeira parcela.
Com esse valor, você faz a segunda etapa, aí a caixa libera a segunda etapa e assim sucessivamente até a conclusão da obra, sendo que o dinheiro correspondente à última etapa fica retido até você tirar o habite-se, recolher o INSS da obra para a emissão da Certidão Negativa de Débitos da Receita Federal (CND) e averbar a construção na matricula do imóvel. Ao trazer a documentação comprobatória, a ultima parcela é liberada.
Durante o período de construção, só é cobrado o valor correspondente aos juros do financiamento. A amortização começa à partir da prestação seguinte à da liberação da última parcela do financiamento.
6) Preparação:
Quem deseja comprar um terreno e construir, deve se preparar, pois necessitará dispor de recursos próprios ou de terceiros para arcar com os seguintes custos:
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Você poderá usar o seu FGTS como parte de pagamento da entrada e poderá financiar até 80% do valor do imóvel, para pagar em até 35 anos (420) de acordo com a idade. Também é muito importante ressaltar que depois de iniciado o processo de financiamento, não existe possibilidade de uma pausa, você poderá desistir, mas o valor investido não será ressarcido.
A taxa de juros do financiamento é calculada de acordo com a renda e o valor que o imóvel terá depois de pronto, e não pelo custo do terreno e obra somente, isto afeta principalmente projetos que serão realizados dentro do Programa Minha Casa Minha Vida, que possuem um limite de valor para serem enquadrados e receberem os benefícios.
Por exemplo, em um município na qual o limite do Programa Minha Casa Minha Vida seja de R$227 Mil, temos que ter em mente que mesmo gastando menos do que isto, o imóvel pronto deverá valer até R$227 Mil. Para projetos financiados pela SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos) não temos este risco.
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